Novembro Azul: saiba quais são os três tipos de doenças que afetam a próstata

6 de novembro de 2018 |Nenhum Comentário

Este mês é marcado pela campanha “Novembro Azul”, que visa conscientizar os homens sobre a importância de cuidar da saúde. O câncer de próstata é o principal tema do período, já que este é o segundo tipo de neoplasia que mais atinge a população masculina — atrás do câncer de pele não-melanoma. O Inca estima que 68.220 novos casos devam surgir este ano, o que equivale a sete diagnósticos por hora.

Além do câncer, a próstata pode ser afetada por outras duas doenças: a prostatite (inflamação) e a hiperplasia (aumento) prostática benigna (HPB). Estas três enfermidades podem ser diagnosticadas com o exame de toque retal e a dosagem do PSA no sangue.

“Buscamos sempre alertar os homens que uma alteração nestes dois exames pode não ser nada de grave. Não tentem interpretar os resultados. É preciso procurar o urologista para receber uma orientação adequada” –  afirma Alfredo Canalini, diretor da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

A partir dos 50 anos, os homens devem se consultar anualmente com um urologista. Mas aqueles que têm casos de câncer de próstata em parentes próximos (pai, irmãos ou tios) precisam procurar atendimento com um especialista aos 45 anos, porque fazem parte do grupo de risco, assim como os negros, que, segundo estudos, são mais propensos a desenvolver esse tipo de câncer mais cedo.

Em sua fase inicial, o câncer de próstata tem evolução silenciosa e não apresenta sintomas alarmantes. Por isso, é importante ir frequentemente ao urologista para diagnosticar a doença no começo.

“Quando descobrimos o câncer precocemente, tratamos a doença com a intenção de curar – há casos em que o recomendado é a “observação vigilante”, ou seja, acompanhamento – o tratamento mais recomendado que se faz é a cirurgia — diz o urologista Mauricio Rubinstein.

A radioterapia e o tratamento hormonal também são usados para combater o câncer de próstata.

Fique atento

Prostatite

É uma inflamação na próstata que chega a atingir quase 30% dos homens.

Sintomas: Esta doença geralmente é assintomática, mas quando dá sintomas, os mais frequentes são: ardor ou queimação ou um desconforto junto ao orgasmo, esperma de cor amarelada, vontade frequente de urinar

Tratamento: O tratamento é feito com antibiótico e por um período mais longo do que os tratamentos habituais

Hiperplasia prostática benigna (HPB)

O tumor benigno é mais frequente quanto maior for a idade do paciente e chega a atingir quase 70% dos homens acima de 70 anos. A doença se caracteriza por um aumento da próstata apenas no local

Sintomas: O aumento benigno da próstata passa a ser um problema quando ela dificulta a passagem da urina. Por isso, os homens podem apresentar vontade de urinar várias vezes durante a noite, aumento da frequência de idas ao banheiro durante o dia, demora para iniciar a micção, diminuição da força e do calibre do jato urinário e sensação de urgência para urinar e às vezes até perda de urina nessas situações

Tratamento: Pode ser clínico com o uso de remédios que melhoram os sintomas que a obstrução produz na uretra ou medicamentos que bloqueiam o crescimento da próstata. A cirurgia da HPB é recomendada quando o tratamento clínico não é efetivo ou quando a obstrução já é muito intensa

Câncer

É um tumor maligno que surge na próstata. A doença chega a atingir em torno de 16% dos homens e a sua frequência aumenta com a idade

Sintomas: Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (HPB)

Tratamento: Quando diagnosticado nas fases iniciais, a cirurgia ou a radioterapia podem curar o câncer da próstata. Em fases mais avançadas, o câncer pode ser neutralizado com o bloqueio da ação da testosterona. O hormônio é responsável pela “alimentação” da próstata


Fonte: Inca e Sociedade Brasileira de Urologia – Jornal Extra – Por Evelin Azevedo

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Outubro Rosa

4 de outubro de 2018 |Nenhum Comentário

Câncer de mama de origem hereditária representa menos de 10% dos casos no Brasil

Começou o Outubro Rosa e o programa da Rede Globo, Bem Estar falou sobre câncer de mama. Foi convidado o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica Sérgio Simon e o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia Antônio Frasson para falar sobre os sintomas, tratamentos, prevenção e diagnóstico.

O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil. Ele não tem uma causa única. São vários fatores que podem aumentar o risco de desenvolver a doença, como fatores endócrinos/história reprodutiva, fatores comportamentais/ambientais e fatores genéticos/hereditários. Mulheres mais velhas, sobretudo a partir dos 50 anos, são mais propensas a desenvolver a doença, mas isso tem mudado.

Houve um aumento na incidência de câncer de mama em mulheres jovens na última década. Em mulheres com menos de 35 anos, a incidência no Brasil hoje está entre 4% e 5% dos casos.

 

Outubro Rosa: diagnóstico precoce é fundamental no tratamento de câncer de mama

Sintomas

A principal manifestação da doença é o nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor. Ele está presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher. Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja também é sintoma, assim como alterações no mamilo. Fique atenta também se aparecer algum nódulo na axila ou no pescoço e a qualquer saída de líquido anormal das mamas. Vale lembrar que grande parte dos casos são assintomáticos. As mulheres devem procurar imediatamente um serviço para avaliação diagnóstica ao identificarem alterações persistentes nas mamas.

Autoexame

O autoexame deve ser praticado mensalmente entre o 7º e o 10º dia contados a partir do 1º dia da menstruação. As mulheres que não menstruarem devem escolher um dia do mês.

Mama – Para examinar a mama esquerda, coloque a mão esquerda atrás da cabeça e apalpe com a mão direita. Para examinar a mama direita, coloque a mão direita atrás da cabeça e apalpe com a mão esquerda.

Mamilo – pressione os mamilos suavemente. Verifique se há alguma secreção.

Axilas – após examinar as mamas, apalpe toda a área debaixo dos braços.

Hereditariedade

O câncer de mama de origem hereditária representa de 5% a 10% dos casos da doença no país. A explicação é uma mutação nos genes. “Acontece na célula germinativa e é passada de geração em geração. Então um filho de um portador com a mutação tem a chance de herdar 50%”, explica a mastologista Cláudia Studart. Cada paciente representa uma família inteira em risco. A partir daí essas famílias têm que ter um acompanhamento médico e um aconselhamento genético.

Diagnóstico

O diagnóstico precoce é fundamental no tratamento contra qualquer tipo de câncer. A realização anual da mamografia para mulheres a partir de 40 anos é importante para que o câncer seja diagnosticado precocemente. O autoexame é muito importante para que a mulher conheça bem o seu corpo e perceba com facilidade qualquer alteração nas mamas e assim procure rapidamente um médico. Vale lembrar que o autoexame não substitui exames como mamografia, ultrassom, ressonância magnética e biopsia, que podem definir o tipo de câncer e a localização dele.

Prevenção

A prevenção do câncer de mama não é totalmente possível em função da multiplicidade de fatores relacionados ao surgimento da doença e ao fato de vários deles não serem modificáveis. De modo geral, a prevenção baseia-se no controle dos fatores de risco e no estímulo aos fatores protetores. Alimentação, controle do peso e atividade física podem reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver o câncer de mama. Também deve-se evitar o consumo de álcool e tabaco.

Tratamento

O câncer de mama tem pelo menos quatro tipos mais comuns e alguns outros mais raros. Por isso, o tratamento não deve ser padrão. Cada tipo de tumor tem um tratamento específico, prescrito pelo médico oncologista.

Apoio

A FEMAMA – Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama – é formada por 74 associações de pacientes em todas as regiões do Brasil capazes de fornecer suporte em diversas frentes. Clique aqui e veja onde encontrar as ONGS mais próximas. 

Fonte: G1 — São Paulo – 01/10/2018

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